A Psicóloga Osmeire Tobias comenta o caso do jovem Felipe e sua relação com a perda de um querido animal de estimação; sobre a maneira como ele reagiu a situação, prestando uma homenagem ao “velho amigo” em um vídeo que viralizou nas redes sociais.
A Psicóloga Osmeire Tobias comenta o caso do jovem Felipe e sua relação com a perda de um querido animal de estimação; sobre a maneira como ele reagiu a situação, prestando uma homenagem ao “velho amigo” em um vídeo que viralizou nas redes sociais.
por: Osmeire Tobias –
O lúdico ( o brincar) é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser humano. O
brincar , onde a realidade e o faz de conta intercalam-se, colabora para o aprendizado
de forma tranquila e muito efetiva por isso de grande importância no processo de ensino-
aprendizagem na fase da infância.
A criança vivencia na brincadeira a realidade/fantasia e deposita emoção nessas, assim a
atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos,
afetivos e sociais, desenvolvendo assim a facilidade para à aprendizagem, o
desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e
mental.
Fundamental é que ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização,
permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar seus medos .
Desde a concepção o ser humano passa por fases de desenvolvimento, através das quais vai
se formando como um ser biopsicossocial e espiritual, por conta de sua interação com o
meio, onde vai aprendendo a se adaptar gradativamente ao mundo.
Assim, o jogo simbólico, o faz de conta, e a fantasia, acontecem fazendo com que a
criança crie imagens mentais sem a presença do objeto ou ação, e a medida que evolui vai
se ajustando a realidade e aprendendo a superar de modo cada vez mais eficaz as situações
com que se confronta.
A formação da criança é influenciada através das trocas sociais, ou seja, através da
interação com o meio que a criança vai se desenvolvendo, consequentemente com as práticas
educacionais à qual irá ser submetida. Caso não ocorra a interação entre o individuo e o
meio, o desenvolvimento ficará defasado, devido à falta de situações propícias ao
aprendizado.
Destaca se também a importância do afeto considerado como “alimento”, tão imprescindível
como os nutrientes orgânicos”. Ultrapassando as emoções e sentimentos, o aspecto afetivo
proporciona ao impulso que a criança almeja aprender, buscando novos conhecimentos.
É na infância que inicia-se o fantasiar, fazendo um paralelo do mundo real com o
imaginário. Devido à realidade ser difícil em ser assimilada e aceita, a criança cria seu
próprio universo, onde encontra resoluções para tudo, através de seus personagens
imaginários, super-heróis, princesas, fadas, monstros, bruxas, entre outros, atribuindo
seus próprios sentimentos nos brinquedos e histórias. Por exemplo, é a boneca que está
com raiva porque a mãe brigou com ela, ou o urso que está chorando porque o pai foi
trabalhar, enfim, as crianças dão vida e sentimentos aos objetos inanimados como se
fossem pessoas de verdades.
O jogo simbólico caracteriza-se pela representação da realidade, por uma tendência
imitativa e imaginativa, onde as crianças podem exprimir suas emoções e desejos.
Uma função dessas inúmeras fantasias elaboradas pelas crianças, é a de equilibrá-la
emocionalmente, oportunizando dessa forma uma melhor elaboração e diminuição de suas
angústias e ansiedades, agindo também, como método de autodefesa e auto afirmação.
A criança exprime seus desejos, assim como nos sonhos, fantasias por meio dos jogos e
brincadeiras, principalmente naquelas de faz de conta, onde seus sentimentos são expostos
através do simbólico. Por meio do brincar, à apreensão da realidade é mais fácil, o
brinquedo vai muito mais além de um simples produto, torna-se um processo pelo qual é de
fundamental importância no desenvolvimento da infância.