Qual é a sua atitude de mudança? Mudar ou ser mudado?
Hoje temos muitas pessoas “vendendo” sabedoria para a vida moderna. Vendendo a solução para problemas que passam pelas escolhas difíceis da vida. São Fórmulas, algumas fundamentadas, que nos prometem alcançar objetivos comum às pessoas, mas que implicam em enfrentar os dilemas e fazer escolhas; e essa é a principal problemática da questão.
São os mais diversos temas do tipo: 10 ações para ser feliz, 7 passos para o sucesso, como enriquecer, como emagrecer, etc,etc… Ah! e tudo com a urgência que as pessoas querem, tudo na velocidade que o mundo moderno exige. Como se alguma dessas questões ou todas pudessem ser realmente resolvidas tão rapidamente. Algumas delas passamos a vida tentando resolver.
Mas o fato é que a reflexão que proponho hoje é a que antecede qualquer uma dessas soluções prontas, é a questão principal, que inclusive nos leva a buscarmos soluções práticas e rápidas. É aquela que desde que o homem habita a terra, o intriga; é a escolha.
São as escolhas que fazemos que nos tornam o que somos, são as escolhas que fazemos que tornam a nossa vida melhor ou pior, e inclusive a vida do outro. A nossa vida segue baseada nas decisões que tomamos sempre a partir da escolha, até mesmo quando não tomamos decisão alguma e ficamos indiferentes; é a decisão de ser indiferente. É a cor do sapato que optamos pela manhã antes de ir para o trabalho, que é muito importante, o caminho que seguimos para chegar ao nosso destino, aquele minuto de atenção a quem está pedindo, ou para aquele que não pediu mas precisa igualmente.
É a opção feita que vai definir a tomada de ação entre muitas variáveis nas situações corriqueiras e nas importantes, mas também é a atitude que tomamos ao enfrentarmos os problemas mais complexos.
Mas o que movem as nossas escolhas? Você deve estar se perguntando também. E a resposta pode mudar se você se perguntar novamente, e mais uma vez. Por quê? Porque você estará fazendo uma reflexão e estará ponderando a sua resposta a partir dessa reflexão. Isso implica, muitas vezes, em uma mudança decorrente de uma avaliação mais elaborada. Uma avaliação que nos permite enxergar outros aspectos, estimulando as conexões neurais que nos colocam para pensar e estabelecer uma análise mais criteriosa.
E nesse momento utilizamos de todo o nosso conhecimento que possa nos ajudar na resolução daquela demanda. É a hora de colocar em prática as experiências acumuladas, os valores, os gostos e as preferências e as crenças, mas também os pontos negativos, para que somente então, tenhamos uma conclusão. E mesmo assim, ainda tomamos muitas decisões erradas, ou que nos arrependemos posteriormente.
As decisões baseadas em nossas escolhas, fundamentadas no nosso conhecimento e entendimento sobre as coisas, carregadas da nossa personalidade, contribuem para que possamos estabelecer os nossos conceitos, que se tornam uma forma prática e rápida de estabelecermos a nossa escolha e a nossa decisão sob muitos temas. E na fluidez com que as relações interpessoais se desenvolvem hoje em dia, o nosso julgamento sobre determinadas questões acaba por se comprometer quando somos bombardeados a todo tempo, com uma enxurrada de informações que a todo instante nos coloca à prova em nossa capacidade de julgar e fazer escolhas instantâneas.
A história nos mostra que tantas verdades tidas como absolutas, deixaram de ser; que tantos paradigmas caíram por terra, que tantas pessoas voltaram atrás… Outros aspectos foram observados, outras considerações foram feitas e todos nós seguimos convivendo com essas mudanças.
A mudança faz parte da vida, embora muitas vezes nos não a desejemos e até nem aceitemos, mas o fato é que elas acontecem e em algum momento somos mudados por ela se não procuramos compreendê-la. E a melhor forma de compreensão é com informação, entendimento e respeito.
por: Osmeire Tobias
Psicóloga, Coaching, Terapeuta Sexual e de Família – CRP 57730-0